Você já parou para pensar porque vemos tantos praticantes de yoga, de forma independente praticando sequencias em parques, praia e em suas próprias casa e, ao mesmo tempo isso não é tão comum com praticantes de pilates?
Ao meu ponto de vista, listaria várias razões e entre as principais destaco duas:
Possuímos muito mais praticantes de yoga do que pilates no mundo, pois falamos de uma atividade milenar em comparação a uma centenária, então a quantidade de pessoas que tiveram acesso a técnica fazem sim uma diferença na popularização do método.
E a segunda, principalmente ao falarmos do Pilates em nosso país, diria é muito comum vermos a divulgação do método pilates aliado à reabilitação e a necessidade do acompanhamento de um profissional para que os efeitos positivos aconteçam. Não discordo e acrescentaria o adjetivo “um bom profissional” mas se o que trouxe o praticante foi a reabilitação, reabilitado por que não trabalhar a permanência e evolução desta pessoa dentro da técnica de forma independência para praticar pilates?
Esta é a razão que me faz acreditar o porquê é muito mais claro ver o yoga como filosofia de vida e a dificuldade dos praticantes de pilates enxergarem isto. Todas as afirmações abaixo são pessoais, vem das minhas crenças de mais de uma década trabalhando com ambas modalidades.
É possível que o profissional tenha medo de tornar o praticante independente? Talvez. Se você nunca ensinar seus clientes a fazer sequencias de mat pilates, se você o torná-los dependentes das máquinas e com isso eles acreditarem que sem elas não podem fazer sua prática de pilates, se o praticante não souber que existe um livro escrito pelo próprio Joseph onde ele irá aprender os exercícios que são a base de todos os exercícios que praticamos talvez isso será somente uma técnica e nunca conseguirá ampliar a visão como uma forma de viver melhor.
Eu realmente acredito que a prática do Pilates pode ser uma filosofia de vida e para que ela se desenrole desta forma insisto nos quesitos: desenvolvimento de uma respiração consciente e que se molde para facilitar a execução de cada movimento e quando ele precisar mover um objeto pesado em sua casa e use ela para facilitar esta tarefa, virou uma filosofia!
Se a consciência corporal aparecer na correção da forma que ele está se sentando em sua rotina de trabalho e isso seja um facilitador e o ajude de forma eficiente o trabalho, virou uma filosofia!
A concentração que começa durante a aula e é transferida para todas as tarefas nas outras 23 horas do dia deixando-o um indivíduo com controle e conexões da mente sobre o corpo. Vou continuar escrevendo sobre isto no próximo texto no final de mês, portanto fique ligado e compartilhe comigo sua opinião.
Boas práticas e até a próxima com muito pilates e yoga.
Por Ge Gurak
Instrutora que atua há mais de 14 anos com Pilates e Yoga e teve a chance de aperfeiçoar-se na Índia, além de possuir especialização em ZEN•GA™ e representar o método Garuda® no Brasil. Conduz suas aulas no Centro de Treinamento da TcPilates (www.tcpilates.com.br)